segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Doppelganger

Doppelganger é um termo alemão para algo que dificilmente teríamos uma boa tradução para o português; uma sombra/espírito que se pensa poder acompanhar cada pessoa e que têm sua aparência exata, embora sua imagem não tenha reflexos. Em algumas mitologias ver seu próprio doppelganger é um presságio de morte. Um doppelganger visto por amigos ou parentes de uma pessoa pode trazer má sorte ou é uma indicação de que uma doença esta por vir.


Famosos doppelgangers:

>Guy de Maupassant, o romancista francês em um de seus contos, alegava ter sido assombrado pelo seu Doppelganger perto do fim de sua vida. Numa ocasião, ele disse que esta "cópia" sua entrou no quarto, tomou um assento frente ao dele e começou a ditar o que ele deveria escrever. Ele menciona esta experiência, em seu conto "Lui".
>John Donne, poeta Inglês do século XVI, cujo trabalho muitas vezes aflorou assuntos voltados para metafísica, foi visitado por um Doppelganger enquanto ele estava em Paris - e não o seu, mas o de sua mulher. Ela apareceu-lhe para mostrar um bebê recém-nascido. Sua esposa estava grávida na época, mas a aparição foi um sinal de grande tristeza. Ao mesmo momento que o Doppelganger apareceu, sua esposa havia dado à luz um filho nati-morto.
>Percy Bysshe Shelley, ainda considerado um dos maiores poetas da língua Inglesa, encontrou seu doppelganger na Itália. O fantasma silenciosamente apontou em direção ao Mar Mediterrâneo. Pouco tempo depois, e pouco antes de seu trigésimo aniversário, em 1822, Shelley morreu em um acidente na pequena vela em que navegava - morrendo afogado no mesmo mar Mediterrâneo.
>Rainha Elizabeth I da Inglaterra ficou chocada ao ver seu Doppelganger repousando em seu leito. A rainha morreu pouco tempo depois. A ocasião foi assunto dos jornais da época.
>Em um caso que sugere que Doppelgangers podem ter algo a ver com o tempo ou dimensões extra-sensoriais, Johann Wolfgang von Goethe, o poeta alemão do século 18, encontrou seu Doppelganger enquanto cavalgava por uma estrada rumo a Drusenheim. Cavalgando em direção a ele estava seu Doppelganger, mas usando um terno cinza com reluzentes detalhes em ouro. Oito anos mais tarde, Goethe novamente viajava pela mesma estrada, mas no sentido oposto. Ele então percebeu que ele estava vestindo o mesmo terno cinza que tinha visto em seu Doppelganger oito anos antes e repetindo os mesmíssimos movimentos. Teria Goethe visto o seu próprio futuro?
>Um caso recente aconteceu em Beslan, na Rússia em Agosto de 2004, uma menina de 11 anos de idade passou a questionar a mãe se ela tinha uma irmã gêmea. Frente as negativas maternas, a menina insistia em afirmar que via uma "cópia" sua, que a perseguia do outro lado da calçada, sempre que retornava da casa da avó, que vivia a três quadras de sua residência. A cópia segundo a menina, não falava com ela, mas imitava seus movimentos, às vezes sorrindo zombeteiramente para ela, o que assustava a menina. Ao ser levada a um médico, o doutor Viktor Gushniev, psiquiatra local afirmou que a menina sofria de um problema neurofisiológico e foi "devidamente" medicada. Seguindo a rota dos acontecimentos em que afirma-se peremptoriamente, que ao se deparar com seu Doppelganger é sinal de tragédia a vista, a menina foi uma das vítimas do massacre de Beslan, um atentado terrorista que deixou 331 pessoas mortas, em sua maioria crianças. Gushniev que tinha conhecimento sobre a teoria Doppelganger, recusou-se a falar com a revista semanal alemã Der Spiegel sobre o caso. Mais de três anos após o caso, ele ainda se recusa a falar e reage com severa fúria quando é abordado sobre Beslan.
Como eliminá-los? Não há como, uma vez que são preságios de morte. A unica coisa a fazer se vir um doppelganger é tentar se proteger.

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